PerfilFiX - Uma Fina Charada

Continuando a nossa série especial com os profissionais da EquipeFiX, batemos um longo papo com o professor Dayvson dos Santos Cracho, de 23 anos, solteiro, mas com namorada, que está no último período de Educação Física na Faculdade Salesiana(FASNE) e pega no batente como estagiário no período da manhã na FiX. Carinhosamente chamado de Dayvinho por alunos e amigos, Dayvson acredita que seu trabalho é uma charada. Todos os dias os alunos vão conhecendo um pouco dele e ele um pouco dos alunos. Mas não foi sempre que ele quis seguir o caminho da Educação Física, não.
Dayvson foi , assim como Max, atleta por algum tempo. A diferença entre ambos estava no peso da bola que eles chutavam. Nosso protagonista de hoje foi jogador de Futsal, atuando pelo antigo colégio Nóbrega e pelo Náutico. Jogando pelo alvirrubro, este rubro-negro doente, como ele mesmo se intitula, disputou vários campeonatos, inclusive o pernambucano da categoria. Como não teve oportunidade de defender as cores do time de coração, o jeito foi seguir o convite do seu treinador e jogar pelo timbu. O fim de carreira veio com a idade e as obrigações. Como o horário ficou apertado devido ao trabalho, o charada da EquipeFiX desistiu da vida de atleta, que, na verdade, ele sempre encarou como diversão. O ideal de profissão deste aluno bagunceiro na meninice era dar motivos para que as pessoas sorrissem.
Inspirado na carreira do avô, Dayvson prestou seu primeiro vestibular para odontologia, mas não passou. Foi ai que descobriu que até gostava da área, mas não era bem cuidar de dentes que ele queria. Gostou de Educação Física e, até pelo seu histórico como praticante de esportes, decidiu-se por cursar. Hoje ele está seguro de que vai atuar mesmo como educador. Aliás, além de sua experiência na FiX, o Professor é treinador de futsal dos garotos da escola Dom Bosco de Artes e Ofícios .
Adepto da musculação, Dayvson teve sua primeira oportunidade de trabalho na área de academias, e gostou de atuar no segmento. Corporalmente considerado peso pena, o que impressiona é que, malhando desde os 16 anos, ele tenha sempre se esquecido dos membros inferiores. Rindo, confessa que, em nome da estética, fez a opção, como muitos alunos, de priorizar os treinos para fortalecer a musculatura de braços e peitoral e deixou de lado os treinos de perna. Ele afirma que o não fortalecimento dos membros inferiores pode ocasionar problemas, principalmente nas articulações. Como educador, Dayvson acredita ser trabalho do professor apontar para o aluno que a estética deve ser buscada como uma aliada da saúde. E, algumas vezes, mostrar que não há nada de estético em certas coisas. A mãe e a namorada do nosso professor não perdoam sua fina musculatura das pernas, tanto que , segundo ele, agora não vão faltar treinos para os membros inferiores.

Para Dayvson,a FiX não é apenas um trabalho, mas também uma escola. Virou preocupação do professor ser o mais comunicativo possível depois de conhecer a política da academia. Atender bem, conversar e mostrar ao aluno suas habilidades e limitações são atitudes decisivas para Dayvson . Ele acredita que o diálogo é o diferencial da academia. E é dialogando que vai ganhando seu espaço, decifrando o que deseja o AlunoFiX, sempre acompanhado de uma boa calça jeans, para disfarçar a história da perna fina.